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As coleções

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arqueologia e pré-história


A recolha do seu acervo foi efectuada durante dezenas de anos por devotos arqueólogos amadores da região, por doação de filantropos e beneméritos, amantes do património e da cultura, e também por recolha em trabalhos arqueológicos levados a cabo na região flaviense.

Como a passagem de inúmeros povos por estas terras foi vasta, também o acervo arqueológico do museu é extremamente diversificado, balizando-se cronologicamente entre o III.º milénio a. C. e o período correspondente à Romanização. Neste sentido, podem distinguir-se dois períodos principais:

  • Período Pré-Romano – os primeiros vestígios legados datam do começo da Idade dos Metais, período designado por Calcolítico. Altura em que as comunidades indígenas iniciaram a produção de objectos em cobre, ao mesmo tempo que continuaram a fabricar artefactos em pedra. Seguiu-se ao Calcolítico ou Idade do Cobre, também a Idade do Bronze e do Ferro. Testemunhos do período Pré-Romano são os objectos líticos, como machados, goivas, enxós, percutores, pontas de seta, lâminas, lamelas, furadores, raspadores e raspadeiras; objectos em cerâmica, como os vasos de decoração incisa, tipo Penha, representativos da Cultura Campaniforme; Objectos de adorno, como contas de colar; elementos de fiação e tecelagem, como cossoiros e pesos de tear; objectos em metal, de cobre, bronze, ferro e ouro, como punhais, pontas de lança, machados, fíbulas, um anel, uma bracelete, argolas; estátuas em pedra, como a estátua-estela e a estátua menir; elementos de moagem, como as mós de vaivém e as mós giratórias.

  • Período Romano – o museu possui uma das mais ricas colecções epigráficas, nomeadamente de carácter votivo, honorífico, funerário e viário, com particular interesse para o estudo da vida pública e privada da comunidade aquiflaviense. Para além da epigrafia destacam-se ainda, a colecção de numismática, objectos de adorno, cerâmica sigillata, materiais de construção, estatuetas, elementos de fiação e tecelagem.

Roteiro do Núcleo de Pré-história e Arqueologia

Desdobrável geral - Pré-história e Arqueologia

história militar

Criado em 1978, aquando das “Comemorações dos XIX Séculos do Município de Chaves”, o Núcleo Militar, instalado na Torre de Menagem, tem em exposição permanente material militar, armas, espadas, uniformes, bandeiras, peças de artilharia, assim como diversas outras peças, que ao longo dos tempos, foram sendo utilizadas pelo exército português.

É dentro da temática militar, que o museu compõe as suas 4 salas, dando a conhecer e divulgando a História Militar Portuguesa a todos quantos nos visitam.

No 1.º piso, encontram-se em exposição permanente diversos materiais alusivos a importantes momentos da História, com especial destaque para a Bandeira da Fundação de Portugal. Também os acontecimentos que puseram em causa a independência portuguesa, face à crise dinástica de 1383-1385 e às sucessivas pretensões de Castela ao trono português, que culminaram com a aclamação de D. João I, rei de Portugal, são aqui lembrados com a exposição da bandeira e das réplicas do elmo e da espada de D. João I. A nível local, data deste período também a reconquista da praça de Chaves por D. João I às forças apoiantes de Castela, após um cerco de quatro meses.

Finalmente, realce para uma gravura antiga de Chaves, do século XVI, retirada do Livro das Fortalezas de Duarte de Armas, bem como, uma armadura e duas espadas, datadas do século XVII, época marcada pela Guerra da Restauração da Independência.

O 2.º piso surge ligado ao tema das Guerras Peninsulares (1808-1815), ao qual a cidade de Chaves se encontra fortemente ligada, uma vez que foi através desta cidade que a Segunda Invasão Francesa, liderada pelo Marechal Soult, penetrou em Portugal.

O acervo de carácter militar é variado, um Sarilho composto por três Carabinas de Artilharia Westley-Richards, uniformes de infantaria e da Companhia dos Caçadores de Chaves, quadros relativos ao Conde de Amarante, General Silveira, 1.º Marquês de Chaves, bem como outras peças de campanha do século XVIII.

Segue-se, no 3.º piso, a sala dedicada à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), onde se pode contemplar o espólio do General José Celestino da Silva, um capacete das tropas alemãs, alguns modelos de espingardas, uniformes de infantaria e várias peças de artilharia alusivas à época.

No 4.º e último piso encontra-se a sala dedicada à Guerra Colonial (1961-1974). Trata-se, sobretudo, de espólio usado nas províncias ultramarinas durante a guerra pelas forças inimigas, como canhangulos, uma espada gentílica, uma metralhadora ligeira, uma espingarda de repetição, uma pistola-metralhadora de tambor, azagaias, catanas e mocas gentílicas.

Por fim, um assomo ao cimo da Torre, encimada por um telhado torneado por um paço de ronda, permite desfrutar de uma magnífica vista panorâmica sobre a cidade, o rio Tâmega e o jardim envolvente.

Desdobrável Museu Militar Chaves 

 

a ferrovia

O Núcleo de História dos Transportes Ferroviários está integrado na Rede de Museus Municipais – Museu da Região Flaviense. O núcleo é de gestão bipartida entre Fundação Museu Nacional Ferroviário e Câmara Municipal de Chaves. Fica situado no centro da cidade de Chaves, freguesia de Santa Maria Maior, no antigo espaço ferroviário. Recentemente e de modo exemplar, a Autarquia Flaviense recuperou-o e modificou toda a envolvente: no edifício da ex-estação passou a funcionar o Departamento sócio-cultural e o ex-Cais de Mercadorias tornou-se Galeria de Exposições.

Conta bons acessos rodoviários e com espaço amplo para estacionamento.

Edifício:
O Núcleo Museológico de Chaves ocupa as instalações da antiga cocheira daquela estação, terminus da Linha do Corgo.

Exposição:
Nesta núcleo pode apreciar-se diverso material ferroviário, especialmente dos Caminhos de Ferro do Estado – Direcção do Minho e Douro, a expensas de quem foi construída.

Do material exposto destacamos três tipos de locomotivas de Via Estreita.

  • Item (ano de construção):
  • Locomotiva E 161 (1905)
  • Locomotiva E 41 (1904)
  • Locomotiva E 203 (1911)
  • Quadriciclo motorizado (1930)
  • Ambulância postal APEyf 27 (1954)
  • Bomba de incêndio manual
  • Vagão de bordas baixas 3885014
  • Vagão de bordas baixas 3886004

Nota Histórica:
Em 12 de Maio de 1906 foi inaugurado o troço entre Régua e Vila Real, a 15 de Julho de 1907 o comboio atingir Pedras Salgadas.

O comboio chegou a Chaves em 29 de Agosto de 1921.

Em 1927, a CP tomou de arrendamento as Linhas do Caminhos de Ferro do Estado e subaluga esta à Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.
No ano de 1947, esta linha passa a fazer parte da rede ferroviária nacional, explorada apenas pela CP.

Desdobrável do Núcleo de Chaves do Museu Ferroviário